sexta-feira, 15 de abril de 2011

O interior do nosso planeta : Tsunami no Japão

Tsunami

De origem japonesa - tusunami designa ondas oceânicas de grande altura. Embora sejam erroneamente denominadas de ondas de maré, as tsunamis não são causadas por influência das forças de maré (forças astronômicas de atração do Sol e da Lua).
Tsunamis são ondas de grande energia geradas por abalos sísmicos. Têm sua origem em maremotos, erupções vulcânicas e nos diversos tipos de movimentos das placas do fundo submarino.
Portanto uma boa definição para a tsunami seria uma onda sísmica que se propaga no oceano. Historicamente, é no Oceano Pacífico onde ocorreram a maioria das tsunamis, por ser uma área cercada por atividades vulcânicas e freqüentes abalos sísmicos. Ao norte do Oceano Pacífico, desde o Japão até o Alasca, existe uma faixa de maior incidência de maremotos e erupções vulcânicas que originariam as tsunamis mais freqüentes do nosso planeta.
Talvez a tsunami mais famosa tenha sido a provocada pela explosão vulcânica da Ilha de Krakatoa no Oceano Pacífico em 26 e 27 de agosto de 1883.
A tsunami resultante atingiu as ilhas da Indonésia com ondas de até 35 metros de altura.
As tsunamis ao se propagarem no oceano possuem comprimento da ordem de 150 a 200 km de extensão e apenas 1 metro de altura. Portanto, em alto mar elas são quase imperceptíveis. Entretanto, ao se aproximar de zonas costeiras mais rasas, a redução da velocidade, devido ao atrito com fundo do seu comprimento, porém a energia continua a mesma. Conseqüentemente, a altura da onda aumenta bastante em pouco tempo. Neste ponto, ela pode atingir 10, 20 e até 30 metros de altura, em função de sua energia e da distância do epicentro da tsunami.
Na recentemente levantada hipótese sobre o perigo de um maremoto de grandes proporções, ele seria tão catastrófico quanto maior for presumida explosão vulcânica nas Ilhas Canárias, local onde foi detectada importante atividade sísmica no subsolo.
Uma analogia a esse processo seria uma panela de pressão que tem a sua válvula reguladora obstruída enquanto aumenta o calor interno gerado pelo fogo. A pressão interna vai aumentando proporcionalmente ao acúmulo de energia potencial. Este processo tem continuidade até que ocorra uma ruptura em algum ponto da estrutura da panela redundando em uma explosão, ou seja, na liberação instantânea de grande quantidade de energia.
No caso das Ilhas Canárias foi observado um aumento da atividade sísmica/vulcânica no interior da ilha. Como a mesma estava inerte a várias dezenas de anos, o topo do cone vulcânico, que é a própria ilha, se consolidou de tal forma que se extinguiu o respiro ou válvula de alívio da pressão interna do vulcão. Assim, quanto mais sinais ela der de atividade vulcânica no seu interior maior será o risco de haver uma erupção vulcânica de grandes proporções. O tamanho da onda tsunami gerada será proporcional à quantidade de energia transmitida ao mar no momento da erupção.
Por outro lado, uma erupção vulcânica não é um evento comum e, se levarmos em conta outros fatores, veremos que a probabilidade de formação de uma onda tsunami destruidora é pequena.
Outro fator a ser considerado é a distância do litoral brasileiro, especificamente dos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Piauí, Pará e Amapá, em relação à Ilhas Canárias. São aproximadamente 4,500 km/h, o que equivaleria a 8 horas de percurso até chegar ao litoral brasileiro.
Assim, quanto maior for a distância entre a origem (epicentro) e o litoral de impacto, maior será a perda de sua intensidade por espalhamento e mesmo dissipação de sua energia. Outro fator de reflexão é que quanto menor for a profundidade das zonas por onde a onda propaga maior vai ser a redução de sua energia pelo atrito com o fundo submarino.
Se somarmos a probabilidade e os registros históricos de erupções e/ou abalos sísmicos em ilhas do Oceano Atlântico, que são mínimos, veremos que as chances de ocorrer um acidente ambiental de grandes proporções são baixas.
Desta forma, antes do Brasil, Portugal, Norte da África e o arquipélago de Cabo Verde serão as vítimas potenciais devido à proximidade do epicentro da eventual explosão vulcânica, recebendo diretamente o impacto da onda de grande altura.
Por outro lado se existe a probabilidade é preciso ter cuidado de alterar para as possíveis conseqüências do fenômeno. A conjunção de fatores intervenientes pode provocar estragos catastróficos, daí a importância de que a população seja informada e que as autoriddes competentes tomem as devidas precauções. Um bom exemplo desse tipo de política de seguranças é o desenvolvimento através de informações de satélite pela Organização Meteorológica Mundial - OMM.
Devido a freqüência da ocorrência de tsunamis no Pacífico, existe uma rede internacional de sismógrafos ao longo do cinturão de fogo que altera para a formação de qualquer onda catastrófica. Como resultado dessa iniciativa nenhuma morte foi contabilizada com a passagem de uma tsunami no Havaí em 1957. Já a tsunami de 1946, com altura inferior à de 1957, causou inúmeras vítimas fatais pela ausência de um sistema de alerta.
Portanto, medidas preventivas são muito menos onerosas e possíveis de serem tomadas do que medidas corretivas, muito mais dolorosas. O medo é gerado pela ignorância, o respeito é gerado pelo conhecimento.

O interior do nosso planeta : As placas tectônicas

Placas Tectônicas
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Para saber mais sobre as placas tectônicas, vamos rever como tudo começou. Há 4,5 bilhões de anos, o planeta Terra era uma mistura de gases hidrogênio, hélio e poeiras cósmicas. Tudo isso era uma bola quente de material derretido. A temperatura foi diminuindo e, há cerca de 3,9 bilhões de anos, a parte de fora da bola começou a endurecer e formar as rochas e a camada externa da Terra chamada crosta terrestre.
A crosta é formada por vários blocos de rochas, conhecidos como placas tectônicas.
As placas se encaixam com um quebra-cabeça sobre o manto, a camada interior da Terra que é formada por uma pasta. O núcleo da Terra ainda é muito quente e aquece o material do manto, que se torna mais leve e sobe.
Ao subir, ele esfria, fica mais pesado e desce. Assim acontece a movimentação do material aquecido no interior do nosso planeta. Elas movimentam as placas tectônicas, que podem se afastar uma das outras ou chocar-se em um jogo interminável de empurra-empurra.
Os terremotos, ou tremores de terra, ocorrem quando há um movimento maior dessas placas, que podem escorregar para os lados, para cima ou para baixo umas das outras. Quando as placas se chocam podem criar também dobras e falhas que dão origem a grandes cadeias de montanhas como os Andes, os Alpes e os Himalaias.
Outro fenômeno causado pelo movimento de placas são os vulcões, que podem começar pela saída de rochas derretidas, o magma, que se encontra no interior da Terra e sai quando as placas se chocam ou se afastam.
Fonte: www.pulganaideia.com.br
Placas Tectônicas
A palavra tectônica é de origem grega e significa contruir, portanto tectônica de placas quer dizer que a superfície terrestre é construída por placas. Algumas dessas placas formam o fundo do oceano, como a placa do pacífico, outras placas são o "assoalho" dos continentes , como a placa Sul Americana onde esta situado o território brasileiro.

Principais Placas Tectônicas da Crosta Terrestre

Placa Sul Americana - onde situa-se o Brasil e quase toda a América do Sul. Placa de Nazca, Placa Norte-Americana, Placa Africana, Placa Euro-Asiática, Placa do Pacífico, Placa Indo-Australiana, Placa Antártica.

Espessura e Mobilidade

As placas tectônicas tem espessura variável, nas regiões oceânicas são mais finas, as espessuras variam entre 10 km nas dorsais (cordilheira submarina) , até algumas dezenas de quilômetros. Já nas regiões continentais são mais espessas e podem chegar a 250 km de espessura.
É interessante reconhecer que as placas tectônicas estão assentadas sobre o manto que tem um comportamento viscoso, isto é pastoso, fazendo com que as mesmas se movam (escorregam), afastando-se ou chocando-se nas zonas de contato com as outras placas.

Conseqüências

O movimento das placas tectônicas que se deslocam sobre a astenosfera (parte pastosa) interagindo ao longo do tempo entre si em um processo geodinâmico que tem como conseqüência a origem das montanhas e bacias geológicas, provocando terremotos, vulcanismo, magmatismo e outros eventos geológicos todos decorrência desses movimentos das placas.

Terremotos

Os terremotos são tremores ou abalos causados pela liberação repentina da energia acumulada durante longos intervalos de tempo em que as placas tectônicas sofreram esforços para se movimentar.
Os maiores terremotos já registrados no planeta ocorrem em áreas de subducção, onde uma placa afunda abaixo de outra. Entre esses incluem-se o o maior de todos os terremotos, ocorrido no Chile em 1960, que alcançou a marca de 9.5 graus Richter, o terrremoto de 9.2 graus, em Prince William Sound, Alaska, em 1960, o de Andreanof, também no Alaska, em 1957, com 9.1 graus e o de magnitude 9.0 graus, ocorrido na península de Kamchatka, na Rússia, em 1952.
O devastador terremoto do dia 26 de Dezembro de 2004, que alcançou a marca de 9 graus na escala Richter , provocando as ondas gigantes na Ásia, ocorreu na interface entre as placas da Índia e Burma e foi causado pela liberação de energia que se desenvolve na subducção da placa Índica sobre a placa de Burma.
Que Poderosa Energia Moveria Estas Placas ? A principal explicação para o movimento das placas tectônicas é que em função da desintegração radioativa de átomos que ocorre no interior do planeta gerando o calor, que mantém o magma em estado fluido e um processo denominado correntes de convecção tenderia a levar o magma para a superfície, pressionando as placas , explicando também a origem do vulcões.

Tectônia

A adoção da teoria da tectônica de placas para explicar a dinâmica de transformação da crosta terrestre representou, para a tectônica, uma revolução científica análoga, em suas conseqüências, aos modelos atômicos de Rutherford e Bohr, para a física, ou à descoberta do código genético, para a biologia.
Tectônica é o ramo da geologia que estuda os processos mecânicos responsáveis pelas deformações da litosfera, bem como as estruturas resultantes desses movimentos. A crosta e a parte superior do manto, sujeitas às perturbações tectônicas, formam a tectonosfera. Os movimentos que resultam da deformação da crosta terrestre denominam-se movimentos tectônicos.
Os movimentos tectônicos alteram a distribuição das terras, mares, montanhas e vales. Por serem de longa duração, embora em geral muito lentos, esses movimentos podem formar grandes bacias sedimentares ou elevadas cadeias de montanhas. São classificados em verticais ou epirogenéticos e tangenciais ou orogenéticos, os quais originam, respectivamente, falhamentos e dobramentos.
No século XX, novas teorias tectônicas revolucionaram as concepções tradicionais sobre os movimentos da crosta terrestre. Apresentada em 1912, a teoria da deriva continental cedeu terreno ao longo do século à teoria da tectônica de placas. Tida como a teoria fundamental da geologia e da geomorfologia modernas, a tectônica de placas, formulada no fim da década de 1960, surgiu dos estudos dos deslocamentos continentais, terremotos e cinturões vulcânicos, assim como do alargamento dos assoalhos marinhos.
Deriva continental. Foi o alemão Alfred Wegener, astrônomo e meteorologista, quem formulou a teoria da deriva continental. Wegener imaginou que os continentes atuais estiveram anteriormente unidos num único supercontinente ao qual deu o nome de Pangéia (em grego, "tudo terra"). O cientista alemão não tinha, entretanto, provas totalmente convincentes de suas teorias. Os argumentos usados por Wegener para basear sua tese de que os continentes se moviam nos oceanos incluíam a correspondência entre os contornos dos continentes de um e de outro lado do Atlântico, o que permitiria encaixá-los como peças de um quebra-cabeças; a significativa quantidade de indicadores fósseis na África e na América do Sul anteriores ao período terciário; análises das semelhanças entre as estruturas geológicas dos dois continentes; e a reconstituição de antigos climas em diversos lugares do globo.
As teorias de Wegener encontraram poucos seguidores. Faltaram-lhe os avanços científicos do século XX para confirmar a existência inicial de um único continente, dividido depois em vários pedaços, que teriam sido impulsionados pela crosta oceânica recém-formada e deslizado como balsas sobre o manto superior.

Tectônica de placas

O geólogo americano Harry Hammond Hess expôs, em 1960, uma teoria da renovação constante dos assoalhos oceânicos, baseada em fundamentos essencialmente geológicos, que justificaria o afastamento dos continentes. As idéias de Hess partiam da existência de muito poucas rochas com mais de cem milhões de anos no fundo dos oceanos, o que o levou a acreditar que os sedimentos mais antigos foram empurrados para baixo.
A superfície do planeta não é uma placa imóvel, como se supunha no passado. Hoje, acredita-se que a camada superficial da Terra, a litosfera, com 50 a 150km de espessura, seja formada por um conjunto de cerca de vinte placas. A litosfera desliza sobre uma camada de rocha mais plástica, parcialmente derretida, conhecida como astenosfera.
Impulsionadas por forças ainda não inteiramente conhecidas, as placas se movem na superfície da Terra e interagem umas com as outras. Um dos mais importantes princípios da teoria da tectônica de placas é que cada placa se move como uma unidade distinta em relação às outras.
A região interna das placas permanece indeformada, mas suas bordas sofrem vários dos principais processos que modelam a superfície terrestre, como abalos sísmicos, vulcanismo e movimentos orogênicos. De acordo com a teoria da tectônica de placas, as placas da litosfera são constituídas de crosta continental e/ou oceânica, e suas bordas não coincidem normalmente com os limites entre oceanos e continentes. A placa do Pacífico, por exemplo, é totalmente oceânica, mas a maioria das grandes placas contém continentes e oceanos.
O contato entre placas pode ser divergente, convergente ou de transformação. No fundo dos oceanos, entre duas placas divergentes, localizam-se as cristas médio-oceânicas, que formam enormes cadeias de montanhas e vales, epicentros de terremotos submarinos. Ao longo dessas cristas estende-se uma fenda profunda através da qual ascende o magma proveniente do manto. Esse material faz aumentar a superfície do assoalho oceânico graças ao acréscimo de faixas paralelas de rochas magmáticas de ambos os lados das cristas.
A contínua formação de crosta oceânica produz um excesso que deve ser absorvido em outro lugar. Isso ocorre nas bordas de duas placas convergentes, quando uma delas "mergulha" sob a outra, e o excesso se funde com o interior do manto a profundidades de 300 a 700km. Essas regiões, onde a crosta oceânica mergulha para dentro do planeta, são denominadas zonas de subducção. Quando a colisão entre placas ocorre no oceano, produzem-se arqueamentos das bordas das placas, acompanhados de abalos sísmicos e atividade vulcânica. Isso dá origem às chamadas ilhas em arco, dispostas em semicírculo, como as ilhas vulcânicas do Caribe, Japão, Filipinas e Java.
No terceiro tipo de limite entre placas, as falhas de transformação e zonas de fratura, uma placa se move lateralmente com relação à outra, sem criar ou destruir crosta, mas provocando fortes terremotos. Esse é o caso, por exemplo, da falha de San Andreas, na Califórnia, costa oeste dos Estados Unidos.
O oceano Atlântico está situado sobre o cruzamento de quatro grandes placas: a norte-americana, a sul-americana, a eurasiana e a africana. A placa eurasiana mostra simultaneamente um deslocamento para leste e outro para sul. A placa africana apresenta um pequeno movimento em direção ao norte. Disso resulta que África e Eurásia entram progressivamente em colisão e tendem a comprimir o mar Mediterrâneo.
Os dois subcontinentes americanos se afastam da Eurásia e da África ao deslizarem sobre a crosta oceânica que surge na crista médio-oceânica atlântica. Ao mesmo tempo, no oceano Pacífico, outras placas oceânicas se deslocam em sentidos opostos umas às outras e se chocam com a vertente ocidental da América. Como conseqüência, ao longo da costa oeste do continente americano, essas placas se fundem numa extensa fossa. Esse movimento de subducção explica a formação das montanhas Rochosas e da cordilheira dos Andes, assim como os fenômenos vulcânicos e sísmicos da costa oeste do continente.

Tectônica de placas

Teoria que estuda os deslocamentos continentais, os terremotos, os cinturões vulcânicos e o alargamento da assoalho marinho, e que permite reconstituir as forças e processos que modelaram a superfície sólida da Terra.

Tectonosfera

Nome dado ao conjunto da crosta terrestre e da parte superior do manto, sujeitas a perturbações tectônicas

O interior do nosso planeta : Rochas e Minerais

Rocha

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Em geologia, Rocha é um agregado sólido que ocorre naturalmente e é constituído por um ou mais minerais ou mineraloides. A camada externa sólida da Terra, conhecida por litosfera, é constituída por rochas. O estudo científico das rochas é chamado de petrologia, um ramo da geologia. Os termos populares pedra e calhau se referem a pedaços soltos de rochas, ou fragmentos.
Para ser considerada como uma rocha, esse agregado tem que ter representatividade à escala cartográfica (ter volume suficiente) e ocorrer repetidamente no espaço e no tempo, ou seja, o fenômeno geológico que forma a rocha ser suficientemente importante na história geológica para se dizer que faz parte da dinâmica da Terra.
As rochas podem ser classificadas de acordo com sua composição química, sua forma estrutural, ou sua textura, sendo mais comum classificá-las de acordo com os processos de sua formação. Pelas suas origens ou maneiras como foram formadas, as rochas são classificadas como ígneas, sedimentares, e rochas metamórficas. As rochas magmáticas foram formadas de magma, as sedimentares pela deposição de sedimentos e posterior compressão destes, e as rochas metamórficas por qualquer uma das primeiras duas categorias e posteriormente modificadas pelos efeitos de temperatura e pressão. Nos casos onde o material orgânico deixa uma impressão na rocha, o resultado é conhecido como fóssil.

 

 Tipos de rochas

 Ígneas (ou magmáticas)

O granito, um exemplo de rocha ígnea.
  • Essas rochas são resultados da solidificação e consolidação do magma (ou lava), daí o nome rochas magmáticas. Também conhecida como rochas ígneas.
O magma é um material pastoso que, há bilhões de anos, deu origem às primeiras rochas de nosso planeta, e ainda existe no interior da Terra. São as rochas formadas a partir do resfriamento do magma. Podem ser de dois tipos, a saber:
  • Vulcânicas (ou extrusivas) - são formadas por meio de erupções vulcânicas, através de um rápido processo de resfriamento na superfície. Alguns exemplos dessas rochas são o basalto e a pedra-pomes, cujo resfriamento dá-se na água. O vidro vulcânico é um tipo de rocha vulcânica de resfriamento rápido.
  • Plutônicas (ou intrusivas) - são formadas dentro da crosta por meio de um processo lento de resfriamento. Alguns exemplos são o granito e o diabásioSedimentares
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As rochas sedimentares fazem parte de 80% da superfície dos continentes; são as rochas formadas através do acúmulo de detritos, que podem ser orgânicos ou gerados por outras rochas. Classificam-se em:
  • Detríticas - são as rochas formadas a partir de detritos de outras rochas. Alguns exemplos são o arenito, o argilito, o varvito e o folhelho.
  • Químiogénicas - resultam da precipitação de substâncias dissolvidas em água. Alguns exemplos são o sal-gema, as estalactites e as estalagmites.
  • Biogénicas - são rochas formadas por restos de seres vivos. Alguns exemplos são o calcário conquifelo, formado através dos resíduos de conchas de animais marinhos, Possui o mineral cálcite.; e o carvão, formado a partir dos resíduos de vegetais.

 Metamórficas

O Quartzito, um exemplo de rocha metamórfica.
São as rochas formadas através da deformação de outras rochas, magmáticas, sedimentares e até mesmo outras rochas metamórficas, devido a alterações de condições ambientais, como a temperatura e a pressão ou ambas simultâneamente. Alguns exemplos são o gnaisse, formado a partir do granito; a ardósia, formada a partir do xisto; o mármore, formado a partir do calcário, e o quartzito, formado a partir do arenito.
OBS.: As rochas mais antigas são as magmáticas seguidas pelas metamórficas. Elas datam das eras Pré-Cambriana e Paleozoica. Já as rochas sedimentares são de formação mais recente: datam das eras Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica. Essas rochas formam um verdadeiro capeamento, ou seja, encobrem as rochas magmáticas e as metamórficas quando estas não estão afloradas à superfície da Terra

Sherlock Holmes

Sherlock Holmes

Sherlock Holmes
Sherlock Holmes em ilustração de 1904 por Sidney Paget.
Língua originalInglês
Morada221B Baker Street, Londres
Nascimento1854
Idade155 anos
Origem Reino Unido
Filme(s)Sherlock Holmes (1922), The Private Life of Sherlock Holmes (1970), Young Sherlock Holmes (1985), Sherlock Holmes (2010)
Seriado(s)Sherlock Holmes
Primeira apariçãoA Study in Scarlet (1888)
Última apariçãoNão determinada
Interpretado porVários
Sherlock Holmes é um personagem de ficção da literatura britânica criado pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle[1]. Holmes é um investigador do final do século XIX e início do século XX que aparece pela primeira vez no romance A Study in Scarlet (Um estudo em Vermelho) editado e publicado originalmente pela revista Beeton's Christmas Annual, em Novembro de 1887. [2] Sherlock Holmes ficou famoso por utilizar, na resolução dos seus mistérios, o método científico e a lógica dedutiva. [3]
Um Estudo em Vermelho (1887) primeiro livro protagonizado por Holmes

 

 História

Estátua de Sherlock Holmes em Londres
Sherlock Holmes nasceu em 6 de Janeiro de 1854[4], a primeira aparição de Holmes se deu em 1887 na Beeton's Christmas Annual[5] em A Study in Scarlet, em Fevereiro de 1891, o romance The Sign of the Four é publicado em outra revista, a Lippincott’s Magazine[6], em Junho de 1891 Holmes estreia na Strand Magazine com a novela A Scandal in Bohemia[7] o conto obteve tanto sucesso que garantiu a Holmes um longo tempo de publicações na Strand Magazine.
Sherlock Holmes literalmente engoliu o seu criador, nunca se ouve falar em Sherlock Holmes como "O Personagem criado por Conan Doyle" e sim, se ouve falar em Conan Doyle como "O Homem que criou Sherlock Holmes".[8]

 O cenário

The Sherlock Holmes Museum, no 221B da Baker Street
Não precisa viver na Inglaterra para conhecer o lar de Sherlock Holmes, o 221B Baker Street é um dos endereços mais famosos de Londres e abriga hoje um museu com o nome do personagem, as histórias do detetive se passam entre vários cartões postais da capital inglesa.[9]

 A Londres de Sherlock Holmes

Um dos locais mais visitados por Sherlock Holmes, entre um caso e outro, Holmes sempre estava de viagem marcada, a Charing Cross Station, quando a investigação em Londres Holmes não deixava de passar pela Fleet Street, pela Oxford Street, pela Strand,no Pall Mall, e na Tottenham Court Road endereços recorrentes dos contos do personagem .[10] O fiel escudeiro
Sherlock Holmes teve suas histórias relatadas pelo seu colega de quarto e fiel escudeiro Dr. Watson, que várias vezes ficou surpreso com o rápido raciocínio de Holmes, que conseguia muitas vezes ler os pensamentos de Watson, satirizando a cena em que C. Auguste Dupin lê os pensamentos de seu colega em Os Crimes da Rua Morgue[11] de Edgar Allan Poe, Watson esteve presente em todas a histórias de Holmes escritas por Conan Doyle.[12]

 Os romances

Sherlock Holmes aparece ao todo em cerca de 60 romances de autoria de Arthur Conan Doyle, sendo eles, cerca de 56 contos, e 4 romances, onde Sherlock Holmes resolvia casos insolúveis até mesmo para a Scotland Yard. O personagem habita o imaginário de jovens e adultos há mais de 150 anos

Sherlock Holmes (direita) e o Dr. John H. Watson, por Sidney Paget.
Holmes costuma ser uma pessoa arrogante, que está correta sobre inúmeros assuntos e com palpites certeiros. A primeira amostra de sua exatidão é descrita em "Um Estudo em Vermelho". Quando Watson e Holmes se conhecem, em alguns poucos segundos Holmes já sabia que ele estava no Afeganistão.[14]
Além do aspecto erudito, não demonstra muitos traços de sentimentalismo, preferindo o lado racional de ser. Apesar disso, em alguns contos o Dr. Watson diz que a "máscara gelada" de Holmes cai às vezes, dando mais humanidade a Sherlock Holmes.[15]
Orgulhoso, parece dominar vários assuntos sem Doyle descrever seus estudos. Holmes apresenta alguns hábitos peculiares como a prática de artes marciais como boxe, esgrima de armas brancas e de bengala.[16]
Além disso, diz-se que é um exímio violinista.[17]
Não se vê Holmes estudando sobre tudo, mas domina misteriosamente e incrivelmente uma vasta quantidade de assuntos do conhecimento humano, tais como História, Química, Geologia, Línguas, Anatomia, Literatura Sensacionalista, etc.[18]
Um retrato de Sherlock Holmes por Sidney Paget de The Strand Magazine, em 1891 "O Homem com a boca torta".

 Generalidades

Segundo Conan Doyle, inventor do personagem, Sherlock Holmes viveu em Londres, num apartamento na 221B Baker Street, entre os anos 1881 e 1903[19], durante o último período da época Victoriana, onde passou muitos anos na companhia do seu amigo e colega, Dr. Watson[20]. Hoje esse endereço é um museu dedicado a Sherlock Holmes.[21]
Sherlock Holmes descreve-se como um "detetive consultor" (um dos exemplos é o ínicio do livro "O Signo dos Quatro"), o que significa que as pessoas vêm-lhe pedir conselhos sobre os seus problemas, ao invés de se dirigir a elas.[22] Doyle conta-nos que Holmes é capaz de resolver os problemas a ele propostos sem sair do seu apartamento, apesar de este não ser o caso em diversas de suas mais interessantes histórias, que requerem a sua presença in situ. A sua especialidade é resolver enigmas singulares, que deixam a polícia desnorteada, usando a sua extrema faculdade de observação e dedução.
Holmes demonstra, ao longo das suas histórias, uma capacidade de dedução e um senso de observação impressionantes, ajudados por uma cultura geral extensa e variada (ele é capaz de identificar a marca de um tabaco somente pelo seu cheiro e pela cor de suas cinzas). Quando envolvido com algum problema, pode passar noites sem dormir ou comer, o que inquieta o seu amigo Watson.[23] Mestre na arte do disfarce[24], maneja com habilidade a espada e daria, segundo Watson, um bom pugilista.[25]
Outra de suas marcas registradas, a frase: "Elementar, meu caro Watson", foi criada no teatro, com muitas outras particularidades, como o cachimbo curvo do detetive.[26] Muito embora alguns aleguem que se trate de uma das primeiras falas do personagem em seu romance de estreia Um Estudo em Vermelho (1887) [27], ela não se encontra no original nem em outras traduções do texto. No resto de toda a obra, a frase não torna a acontecer, aí sim tendo sido popularizada pelas adaptações das aventuras.

 Família

Mycroft Holmes, como imaginado por Sidney Paget em the Strand Magazine
Segundo alguns indícios, Holmes nasceu em 6 de Janeiro de 1854 , filho de um agricultor e de uma mãe de origem francesa, pois sua avó era filha do pintor Horace Vernet.[29]
O seu irmão mais velho, Mycroft, trabalha para o Serviço Secreto britânico. Mycroft passa a maior parte do seu tempo livre no Diogenes Club. Segundo Holmes, seu irmão Mycroft não somente é mais brilhante do que ele próprio, como também possui um senso de observação e de dedução muitas vezes superior ao seu. Numa das aventuras de Holmes, onde ele encontra o seu irmão Mycroft diante do Diogenes Club, os dois mantêm um diálogo recheado de deduções sobre um transeunte que deixam Watson completamente atônito.[30]

 Carreira

Placa comemorativa em Meiringen
Sherlock e Moriarty lutando nas cataratas de Reichenbach
Após os seus estudos, o jovem Sherlock Holmes instala-se como detetive em Londres, onde divide um apartamento em Baker Street com um médico que acabara de voltar do Afeganistão, onde trabalhou como médico militar durante os tumultos entre Índia e Inglaterra no período pré-Guerra[31], John H.Watson, que se torna o biógrafo de Holmes.[12]
O seu grande inimigo, também dotado de extraordinárias faculdades intelectuais, é o professor Moriarty.[32] Em 4 de maio de 1911, após uma luta feroz, Holmes e Moriarty desaparecem nas cataratas de Reichenbach, perto de Meiringen, na Suíça (The Adventure of the Final Problem).[33] Os protestos dos leitores foram tantos e de tal forma violentos, que Doyle foi obrigado a ressuscitar seu herói após esse verdadeiro assassinato. Holmes acaba reaparecendo no conto "The Adventure of the Empty House", com a engenhosa explicação que somente Moriarty havia caído, e como Holmes tinha outros perigosos inimigos, ele havia simulado sua morte para poder investigá-los melhor.[34]
Professor Moriarty, como imaginado por Paget
Esse período de 1911 a 1913[35], compreendido entre a "morte" e a "ressureição" do detetive, é conhecido pelos sherlockianos como o grande hiato (The Great Hiatus).
Holmes finalmente aposenta-se em Sussex por volta de 1939, onde cria abelhas.[36]
Segundo Baring-Gould, Sherlock Holmes morre em [[1957][37], aos 103 anos a partir da data de seu suposto nascimento, e 69 anos a partir de sua primeira história publicada, assassinado dentro de seu apartamento na 221b em Londres.[carece de fontes?]

 Inspiração

Depois de observar qualquer estranho, o Dr. Joseph Bell (1837-1911), um cirurgião de Edimburgo, era capaz de deduzir muito de sua vida e de seus hábitos. Isso impressionou um de seus alunos, Arthur Conan Doyle, que admitiu ter usado e ampliado seus métodos quando concebeu o detetive Sherlock Holmes.[38]
Bell inspirou não somente a criação da personalidade de Holmes, mas também o porte físico do detetive. Em um texto publicado no periódico The National Weekly em 1923, Doyle conta como foram seus anos na faculdade de medicina, quando iniciou o processo de criação de seu personagem mais famoso. Neste, o aluno descreve seu notável professor Bell:[39]
"Era magro, vigoroso, com rosto agudo, nariz aquilino, olhos cinzentos penetrantes, ombros retos e um jeito sacudido de andar. A voz era esganiçada. Era um cirurgião muito capaz, mas seu ponto forte era a diagnose, não só de doenças, mas de ocupações e caráteres."[38]
Doyle teria se baseado também na filosofia de Bell, que dizia:
"A maioria das pessoas vêem, mas não sabem observar", dizia o dr. Bell aos seus convivas. "Olhando de relance um indivíduo, a gente pode identificar-lhe o país de origem por suas feições; pelas mãos, a profissão e os meios de vida; e o resto da sua história é revelado pelo modo de andar, os maneirismos, os berloques do relógio, e até os fiapos que aderem às suas roupas."[40]
Pelo caráter arrogante de Holmes, Bell negou a inspiração e tomou-a como pejorativa à sua pessoa.[38]
Exemplo de personagem influenciado pelo personagem de Doyle, na televisão, é o detetive Adrian Monk, da série homônima, que tem um senso de observação e dedução do mesmo nível de Sherlock, mas destaca-se pelo seu transtorno obsessivo-compulsivo (que, por sinal, são parte de seu sucesso como detetive).[41] Outro personagem inspirado em Sherlock é Gregory House[42], da série de TV estado-unidense House M.D., chefe da ala de diagnósticos que utiliza lógica dedutiva para desvendar as mentiras de seus pacientes; House costuma sempre dizer "Todo mundo mente". As similitudes entre Holmes e House são muitas: o homem que atirou em House se chama Moriarty, maior inimigo de Holmes, House também é viciado, também tem gosto pela música e mora no número 221.
Nos quadrinhos, a Disney criou o personagem Sir Lock Holmes, visivelmente inspirado em Sherlock pois, além do nome parecido, possui o mesmo porte físico, está sempre com o cachimbo e gosta de tocar violino. Diferente de Sherlock, porém, é totalmente desafinado no violino e erra todas as deduções (estando mais para Inspetor Clouseau). Outro personagem da Disney com nome e características parecidas é Berloque Gomes, porém este não é um personagem cômico, e sim um detetive que auxilia Mickey em algumas investigações.
Apesar do grande sucesso de sua obra, Conan Doyle não gostava de escrever histórias para Sherlock Holmes pois considerava o romance policial literatura de segunda classe e, na verdade, esse tipo de história só passou a ser respeitado após o sucesso de seu personagem. Conan Doyle preferia escrever o que considerava literatura de qualidade (o único livro medianamente famoso é O Mundo Perdido) e chegou a matar Sherlock Holmes, tendo que ressuscitá-lo devido à enorme quantidade de cartas que recebeu de fãs pedindo mais histórias (e, suspeita-se, porque precisava de dinheiro). Em novembro de 1891, ele escreveu para sua mãe: "Acho que vou assassinar Holmes… e lhe dar fim de uma vez por todas. Ele priva minha mente de coisas melhores."