sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Saúde e o ambiente urbano


Câncer


Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.

Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.

Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma.

Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases).

O que causa o câncer?

As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células normais.

De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia. Outros estão em estudo, como alguns componentes dos alimentos que ingerimos, e muitos são ainda completamente desconhecidos.
 
O envelhecimento traz mudanças nas células que aumentam a sua suscetibilidade à transformação maligna. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica em parte o porquê de o câncer ser mais freqüente nesses indivíduos.Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores atuam alterando a estrutura genética (DNA) das células.
O surgimento do câncer depende da intensidade e duração da exposição das células aos agentes causadores de câncer. Por exemplo, o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados por dia e ao número de anos que ela vem fumando.
Fatores de risco de natureza ambiental
Os fatores de risco de câncer podem ser encontrados no meio ambiente ou podem ser herdados. A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada ao meio ambiente, no qual encontramos um grande número de fatores de risco. Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente ocupacional (indústrias químicas e afins) o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida).
As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os 'hábitos' e o 'estilo de vida' adotados pelas pessoas, podem determinar diferentes tipos de câncer.

Hipertensão ou pressão alta

hipertensão arterial (HTA), hipertensão arterial sistêmica (HAS) conhecida popularmente como pressão alta é uma das doenças com maior prevalência no mundo moderno e é caracterizada pelo aumento da pressão arterial, aferida com esfigmomanômetro(aparelho de pressão) ou tensiômetro, tendo como causas a hereditariedade, a obesidade, osedentarismo, o alcoolismo, o estresse, o fumo e outras causas.Pessoas negras possuem mais risco de serem hipertensas. A sua incidência aumenta com a idade, mas também pode ocorrer na juventude.
Existe um problema para diferenciar a pressão alta da pressão considerável normal. Ocorre variabilidade entre a pressão diastólica e a pressão sistólica e é difícil determinar o que seria considerado normal e anormal neste caso. Alguns estudos farmacológicos antigos criaram um mito de que a pressão diastólica elevada seria mais comprometedora da saúde que a sistólica. Na realidade, um aumento nas duas é fator de risco.
Considera-se hipertenso o indivíduo que mantém uma pressão arterial acima de 140 por 90 mmHg ou 14x9, durante seguidos exames, de acordo com o protocolo médico. Ou seja, uma única medida de pressão não é suficiente para determinar a patologia.A situação 14x9 inspira cuidados e atenção médica pelo risco cardiovascular.
Pressões arteriais elevadas provocam alterações nos vasos sanguíneos e na musculatura do coração. Pode ocorrer hipertrofia do ventrículo esquerdo, acidente vascular cerebral (AVC),infarto do miocárdio, morte súbitainsuficiências renal e cardíacas, etc.
O tratamento pode ser medicamentoso e/ou associado com um estilo de vida mais saudável. De forma estratégica, pacientes com índices na faixa 85-94 mmHg (pressão diastólica) inicialmente não recebem tratamento farmacológico.

Acidente vascular cerebral

acidente vascular cerebral (acrônimo: AVC), ou acidente vascular encefálico (acrônimo: AVE), vulgarmente chamado de derrame cerebral, é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento (isquemia) ou rompimento (hemorragia) de vasos sanguíneos cerebrais. É umadoença de início súbito na qual o paciente pode apresentar paralisação ou dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual súbito de uma parte do campo visual. Pode ainda evoluir com coma e outros sinais.
Trata-se de uma emergência médica que pode evoluir com sequelas ou morte, sendo a rápida chegada no hospital importante para a decisão terapêutica. No Brasil, a principal causa de morte são as Doenças Cardiovasculares, com o AVC ocupando um papel importante, principalmente em camadas sociais mais pobres. Trata-se ainda de elevado ônus para a previdência social.
São fatores de risco para AVC a idade avançada, hipertensão arterial (pressão alta),tabagismodiabetescolesterol elevado, acidente isquêmico transitório (AIT) prévio efibrilação atrial.

Infarto do miocárdio

Infarto agudo do miocárdio (IAM) ou enfarte agudo do miocárdio (EAM), popularmente e erroneamente conhecido como ataque cardíaco (um erro popular na interpretação do termo médico taquicardia), é um processo de necrose (morte do tecido) de parte do músculo cardíacopor falta de aporte adequado de nutrientes e oxigênio.
É causado pela redução do fluxo sanguíneo coronariano de magnitude e duração suficiente para não ser compensado pelas reservas orgânicas.
A causa habitual da morte celular é uma isquemia (deficiência de aporte sanguíneo) no músculo cardíaco, por oclusão de uma artéria coronária. A oclusão se dá em geral pela formação de umcoágulo sobre uma área previamente comprometida por aterosclerose causando estreitamentos luminais de dimensões variadas.
O diagnóstico definitivo de um infarto depende da demonstração da morte celular. Este diagnóstico é feito de maneira indireta, por sintomas que a pessoa sente, por sinais de surgem em seu corpo, por alterações em um eletrocardiograma e por alterações de certas substâncias (marcadores de lesão miocárdica) no sangue.
O tratamento busca diminuir o tamanho do infarto e reduzir as complicações pós infarto. Envolve cuidados gerais como repouso, monitorização intensiva da evolução da doença, uso de medicações e procedimentos chamados invasivos, como angioplastia coronária e cirurgia cardíaca. O tratamento é diferente conforme a pessoa, já que áreas diferentes quando a localização e tamanho podem ser afetadas, e resposta de cada pessoa ao infarto ser particular.
Entre os testes de diagnóstico para a detecção de danos do músculo cardíaco disponíveis estão o eletrocardiograma (ECG), o raio X do peito, e vários exames de sangue. Os marcadores mais usados são a fração de creatinofosfoquinase-MB (CK-MB) e de níveis de troponina. O tratamento imediato nos casos de suspeita de infarto agudo do miocárdio inclui oxigênio,aspirina e nitroglicerina sublingual. Se adicional alívio para a dor é necessário, sulfato de morfinadeve ser evitado. Uma pesquisa recente mostrou que a morfina realmente aumenta a mortalidade em síndromes coronarianas agudas. Dados obtidos na Carolina do Norte, pela Duke University, demonstraram que de todos os pacientes internados em um hospital com síndrome coronariana aguda (dor no peito) na Carolina do Norte, os que receberam morfina tiveram um aumento de 40% na mortalidade. A morfina foi removida pelas diretrizes da American Heart Association para síndrome coronariana aguda desde então. A revisão de 2009 sobre o uso de alto fluxo de oxigênio para o tratamento de infarto do miocárdio concluiu que a administração de alto fluxo de oxigênio aumentou a mortalidade e o tamanho do infarto, pondo em causa a recomendação para o seu uso rotineiro.
O prognóstico, ou seja, a previsão de evolução, será tanto mais favorável quanto menor a área de infarto e mais precoce o seu tratamento.

Gastrite e úlcera

A gastrite geralmente, vem acompanhada de uma sensação de ardor e dores no estômago, muitos sofrem desta inflamação da mucosa estomacal ( mucosa que reveste as paredes do estômago). Atenção que nem sempre este desconforto, quer dizer que o que tem será gastrite, mas com o passar dos dias você deve ficar em alerta, e procurar um médico especialista para que ele possa pedir uma endoscopia, caso estes sintomas não desapareçam. Com os resultados obtidos no exame, pode-se detectar se o indivíduo tem um dos dois tipos mais comum da doença, a aguda ou crónica. A gastrite aguda é provocada pelo abuso de álcool ou remédios, já a crónica tem como a sua causa principal, o stress, o tabaco ou o café. Mas existe uma bactéria que é chamada de Helicobacter pylori, esta bactéria está presente na água e nos alimentos, que poderá ser demasiado violenta para com o estômago e eventualmente ser uma causa da gastrite.

Como forma de tratamento, é receitada muitas vezes uma dieta, alimentos ácidos como, gorduras, cafeína e álcool devem ser tirados do seu cardápio, caso a dieta de alimento não tenha resolvido o problema e a dor persistir, será necessário que os medicamentos entrem em cena. Os sintomas às vezes não são apresentados, mas você pode ter além do ardor e dor que é mais comum, pode apresentar dificuldades de digestão e mau hálito. O stress e a ansiedade podem também agravar esta condição. Raramente a gastrite não é associada à úlcera ou cancro de estômago, embora a bactéria seja a mesma. 
A gastrite é na sua essência, uma queimadura no estômago e a úlcera é como que um buraco segundo os médicos. Úlcera é uma ferida no estômago ou no duodeno, o inicio dela é no intestino, os sintomas são os mesmos do que os da gastrite, e com isso deixa muita gente a pensar erradamente. As lesões provocadas pela úlcera são resultado de uma evolução no processo inflamatório das paredes do estômago. O que faz aumentar esse processo são duas coisas, o uso prolongado de uma medicação e a acção da bactéria Helicobacter pylori, pois os factores são semelhantes, outro factor é o consumo de bebidas alcoólicas e o cigarro que também pode contribuir para uma úlcera, o tratamento no inicio, pode ser medicamentoso, mas se os remédios não surtirem o efeito desejado, então o caso provavelmente terá de ser resolvido de modo cirúrgico, se houver complicações como uma perfuração das paredes do estômago ou suspeita de cancro.


Obesidade

A obesiade é uma doença crônica multifatorial, na qual a reserva natural de gordura aumenta até o ponto em que passa a estar associada a certos problemas de saúde ou ao aumento da taxa de mortalidade. É resultado do balanço energético positivo, ou seja, a ingestão alimentar é superior ao gasto energético.
Apesar de se tratar de uma condição clínica individual, é vista, cada vez mais, como um sério e crescente problema de saúde pública: o excesso de peso predispõe o organismo a uma série de doenças, em particular doença cardiovasculardiabetes mellitus tipo 2, apnéia do sono eosteoartrite.
Segundo o IBGE, em pesquisa feita em 2008 e 2009, no Brasil a obesidade atinge 12,4% dos homens e 16,9% das mulheres com mais de 20 anos, 4,0% dos homens e 5,9% das mulheres entre 10 e 19 anos e 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas entre 5 a 9 anos. A obesidade aumentou entre 1989 e 1997 de 11% para 15% e se manteve razoavelmente estável desde então sendo maior no sudeste do país e menor no nordeste.

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